No último dia 12 de maio do
corrente ano, realizei a promessa que tinha feito aos meus
cinco sobrinhos Lucas, Juninho, Luan, Fabrício e Bruno que era
fazer uma trilha na
Serra da Tabanga
no Estado de Sergipe.
A nossa aventura começou logo cedo ainda na cidade de Traipu,
onde por volta das quatro horas da manhã eu sair da minha residência e fui acordar os meus primeiros companheiros desta
trilha (Luan e Lucas) no Conjunto Habitacional José Freitas Melro. Em seguida
fomos até a casa dos meus pais na Rua do Sol e acordamos os outros três aventureiros
Juninho, Fabrício e Bruno, desta vez tivemos que tomar um café rápido porque
teríamos que chegar ao ponto inicial
de nossa trilha antes mesmo do sol nascer.
Embarcamos na lancha para fazer a
travessia do Rio São Francisco antes
mesmo das cinco horas da manhã. A
travessia foi tranquila, e por sinal bem
humorada com a companhia de um animal de estimação do meu sobrinho Lucas o seu
cachorro Zorro que insistiu em nos
acompanhar e fazer toda a trilha conosco. Mas, ao chegar ao outro do rio, fui
informado que deveríamos esperar por um amigo dos meus sobrinhos (Deivisson)
que também aceitou fazer a trilha na Serra da Tabanga-SE. Sendo assim, tivemos
que esperá-lo e os meus pais o trouxeram lá do
porto da cidade de Traipu-AL até o ponto inicial da nossa jornada
já no Estado de Sergipe bem no pé da serra. Após a chegada dele começamos a
admirar o lindo
nascer do Sol no Rio SãoFrancisco essa era a nossa primeira meta – e conseguimos cumprir. A segunda
agora seria conseguir fazer todo o percurso da serra sem deixar os aventureiros
para trás. E o último seria alcançar o cume da gigante serra. Após assistir a
um grande espetáculo da natureza exibindo os primeiros raios do Sol do dia,
começamos enfim a
nossa subida, mas,
sempre parando para registrar as paisagens e também ficávamos admirandos
as belezas que aos poucos iam aparecendo
a cada momento que alcançávamos a parte alta da referia serra. O início desta
nossa caminhada é justamente em uma parte
desmatada
para criação de gado e plantão de roça, fato este que nos deixa exposto ao Sol
o que acaba nos deixando
bastante
cansados. Como foi o caso do Luan. Sendo assim ajudado pelo seu primo
Juninho. E após tomar água e descansar um pouco continuamos a nossa missão mata
adentro.
Contudo, mesmo com uma grande
parte da flora desmatada, ainda existem alguns arvoredos que conseguiram
sobreviver à ação do homem. E um desses poucos foi justamente o umbuzeiro. E, como bom nordestino que somos
não deixamos de saborear os seus frutos que são tão valorizados em nossa região
na época da semana santa onde a maioria das pessoas compra para fazer umbuzada –
fiquei com água na boca agora – o meu sobrinho Luan não se conteve com os
frutos que encontramos no chão e logo tratou
de subir nesta árvore nordestina.
Após sairmos desta parte
desmatada e cansativa, entramos em uma trilha
propriamente dita onde há mata mais conservada e bastante sombra em nosso
caminho. Agora neste trecho é possível caminhar com mais tranquilidade, pois, o
caminho já não é tão inclinado
assim, fato este que nos alegramos a continuar. Após sairmos desta que é uma
das melhores partes deste trajeto começamos a alcançar praticamente a parte
mais alta da serra. E mais uma vez nos deparamos com mais desmatamento. E para nossa surpresa encontramos um pé de cajá e mais uma vez nos
deliciamos com a fruta encontrada. E no meio de tanta euforia com as belezas
que vimos do outro lado da serra
acabamos perdendo a bolsa com os pães
que estávamos levando para comer ao chegar ao cruzeiro que fica na parte alta. E o que nos restou fazer foi voltar
e procurar – mas enfim encontramos. Tínhamos
deixado próximo a um açude que
construíram para que pudesse acumular água da chuva e assim matar a sede do
gado que ali vivem.
Após fotografas a paisagem e deixarmos registrado as belezas vistas, continuamos com agora
já em uma segunda trilha com mata
mais preservada. Neste novo caminho foi possível visualizar as belezas da flora daquele lugar. Mas, também foi
possível encontrar os rastros do descaso de alguns visitantes com ambiente
daquele lugar já tão degradado – lixo
– isso mesmo. Encontramos em uma parte dentro da mata bastante lixo. Isso já no
cume da serra. E a primeira coisa que fizemos foi termos o cuidado para não contribuirmos
com tal desrespeito a um local que só nos faz bem.
Após passarmos por esta segunda
trilha no pico mais alto, chegamos ao nosso objetivo maior alcançar o
cruzeiro. Ficamos um tempão lá no alto
da serra. De lá é possível
visualizartoda a cidade de Traipu-AL. O “
Velho
Chico” banhando a nossa cidade com as águas é uma beleza sem comentários. As
paisagens que vimos de lá de cima são realmente lindas. Assim, aconselhamos a
quem ainda não conhece este pedacinho de Sergipe que na verdade é mais
traipuense/alagoano do que sergipano. Neste caso recomendamos faça uma visita
lá serra, aproveite para tirar um tempo só pra você, ouça o som da natureza,
esqueça o barulho da cidade e ouça apenas o som do vento balançando as folhas
das
árvores.
E como não poderíamos deixar de
registrar a flora do lugar fizemos alguns registros fotográficos das belezas
encontradas. E é chegada à hora de voltarmos. E graças a animação de todos que
fizeram parte desta jornada na Tabanga-SE não tivemos problemas para fazer o
caminho contrário. E como ninguém é de ferro, ao chegarmos ao início da trilha,
embarcamos na lancha e fomos aproveitar um banho
gostoso na águas do nosso “Velho Chico”. Após o nosso banho outra vez
embarcamos e desta vez fomos para nossas residências na cidade de Traipu-AL.
Obrigado por ter nos acompanhado na Serra da Tabanga-SE.